Na década de 1920, no grande desenvolvimento do transporte ferroviário, por iniciativa de um líder visionário chamado Manoel Ribas, da direção da Cooperativa de Consumo dos Empregados da Viação Férrea na época, a maior da América Latina- em Santa Maria foi construído um majestoso prédio com a finalidade de transformar-se em internato de qualificada educação para as filhas dos ferroviários. Já havia a Escola de Artes e Ofícios Hugo Taylor, destinada aos meninos. Fazia-se necessária a sua correspondente para as meninas.
Então, foi projetada a Escola de Artes e Ofícios Sessão Feminina chamada de Santa Terezinha do Menino Jesus, uma imponente edificação de 6.130m2, instalada num terreno de 13.600m2, com uma bela arquitetura de influência renascentista europeia. Ali, com o esmero da administração pedagógica das Irmãs Franciscanas, as alunas aprendiam desde técnicas domésticas, comportamento social até tocar refinados instrumentos musicais que vinham da Europa.
Com o passar do tempo, com a política de estímulo ao transporte rodoviário e consequente declínio do poder sindical dos ferroviários, eles já não tinham condições de manter seus bens e serviços e, progressivamente, vão terceirizando seu patrimônio. Dentro dessa lógica, mais tarde, o local passou a abrigar outras instituições de ensino, a Escola Artesanal Dr. Cilon Rosa, o Grupo Escolar João Belém e o Ginásio Estadual Manoel Ribas. E, a partir de 1974, passou a ser a sede definitiva do Colégio Estadual Manoel Ribas, o querido Maneco de hoje.
E em 1977, a COOPFER, que até então era proprietária do imóvel, passou a sua responsabilidade para o governo do estado do RS. Na década de 1990, tendo em vista as precárias condições de conservação em que se encontrava, o que comprometia a sua beleza arquitetônica, a comunidade, organizada, fez um movimento, simbolizado pelo grande abraço à escola, exigindo providência das autoridades. Então, em modernas técnicas de preservação de estilo, o restauro foi feito. E, em 2000, esse prédio, que já era considerado patrimônio histórico do município, junto com o complexo cultural da Vila Belga e da Gare, é tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico do Estado.
Abrigado numa construção histórica e artisticamente diferenciada como casa de educação, em 10 de outubro de 2014, o Maneco completou 61 anos. Seu primeiro diretor foi o professor Rômulo Zanchi, um culto e exigente padre que, junto com grandes mestres, em memoráveis aulas, preocupavam-se em informar e formar jovens. Educavam pelo exemplo. E marcaram a história da educação de Santa Maria. Tanto que, pela notável qualidade de ensino, chegou a ser considerado Colégio Padrão do RS. "Passávamos nos primeiros lugares dos vestibulares mais concorridos sem necessidade de fazer cursinhos", alguns alunos lembram, saudosos, desse tempo.
Através de seu grêmio estudantil, o Maneco foi uma espécie de escola de formação de lideranças. Em suas salas de aula, muitos jovens receberam sua base de conhecimentos, descobriram suas vocações e transformaram-se em destacadas personalidades. Ali tiveram suas primeiras iniciativas como líderes.
Reitores, vereadores, prefeitos, governadores, deputados, secretários de Estado e alguns ministros brasileiros sentaram em suas classes. Grandes profissionais das mais diferentes áreas ainda hoje falam com saudade do tempo em que estudaram 'no querido Maneco'. Nessas seis décadas, o colégio marcou o coração de muita gente. É saudade de colegas, de professores, namorados; casamentos e amizades que iniciaram nos seus recreios, nos seus corredores, fazendo daquela Casa um abrigo de boas recordações de uma fase de suas vidas.
Ex-alunos, ex-professores e a comunidade lembram os grandes desfiles estudantis e, ainda hoje, se emocionam ao ver passar sua banda marcial, que há mais de 50 anos, com seu uniforme vermelho, bate seus tambores pelas ruas da cidade, levando alegria e brilho a festividades.
Por todas estas razões, o Maneco não está apenas no coração do Estado. Está no coração de milhares de pessoas que podem ter ido embora para os mais longínquos lugares, tomado os mais diferentes rumos e profissões, mas ficaram ligados à história do colégio por um elo invisível que guardam com carinho.
Por isso, também é importante que, apesar de mal tratados por governos, os professores saibam transformar suas escolas em lugares de onde os alunos possam levar boas lembranças, bons valores. Um lugar de conhecimento e responsabilidade. O conhecimento liberta, a responsabilidade sinaliza para um bom futuro. Pois não nos enganemos, nenhuma tecnologia de última geração vai substituir a relação de proximidade entre seres humanos.
E isso começa na família e na escola. Logo, nunca é tarde para assumir o protagonismo de uma transformação social sólida, pela base, por uma educação humanista
Portanto, nosso respeito à histórica trajetória educacional de mais de 60 anos do Colégio Estadual Manoel Ribas, carinhosamente chamado Maneco. Hoje funcionando em três turnos, com 1900 alunos, seus 115 professores e 30 funcionários, entre exigências burocráticas distanciadas da vida real e de todos os revezes de políticas públicas que não priorizam a educação, vem tentando fazer o melhor numa bela casa construída para educar.
Então, foi projetada a Escola de Artes e Ofícios Sessão Feminina chamada de Santa Terezinha do Menino Jesus, uma imponente edificação de 6.130m2, instalada num terreno de 13.600m2, com uma bela arquitetura de influência renascentista europeia. Ali, com o esmero da administração pedagógica das Irmãs Franciscanas, as alunas aprendiam desde técnicas domésticas, comportamento social até tocar refinados instrumentos musicais que vinham da Europa.
Com o passar do tempo, com a política de estímulo ao transporte rodoviário e consequente declínio do poder sindical dos ferroviários, eles já não tinham condições de manter seus bens e serviços e, progressivamente, vão terceirizando seu patrimônio. Dentro dessa lógica, mais tarde, o local passou a abrigar outras instituições de ensino, a Escola Artesanal Dr. Cilon Rosa, o Grupo Escolar João Belém e o Ginásio Estadual Manoel Ribas. E, a partir de 1974, passou a ser a sede definitiva do Colégio Estadual Manoel Ribas, o querido Maneco de hoje.
E em 1977, a COOPFER, que até então era proprietária do imóvel, passou a sua responsabilidade para o governo do estado do RS. Na década de 1990, tendo em vista as precárias condições de conservação em que se encontrava, o que comprometia a sua beleza arquitetônica, a comunidade, organizada, fez um movimento, simbolizado pelo grande abraço à escola, exigindo providência das autoridades. Então, em modernas técnicas de preservação de estilo, o restauro foi feito. E, em 2000, esse prédio, que já era considerado patrimônio histórico do município, junto com o complexo cultural da Vila Belga e da Gare, é tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico do Estado.
Abrigado numa construção histórica e artisticamente diferenciada como casa de educação, em 10 de outubro de 2014, o Maneco completou 61 anos. Seu primeiro diretor foi o professor Rômulo Zanchi, um culto e exigente padre que, junto com grandes mestres, em memoráveis aulas, preocupavam-se em informar e formar jovens. Educavam pelo exemplo. E marcaram a história da educação de Santa Maria. Tanto que, pela notável qualidade de ensino, chegou a ser considerado Colégio Padrão do RS. "Passávamos nos primeiros lugares dos vestibulares mais concorridos sem necessidade de fazer cursinhos", alguns alunos lembram, saudosos, desse tempo.
Através de seu grêmio estudantil, o Maneco foi uma espécie de escola de formação de lideranças. Em suas salas de aula, muitos jovens receberam sua base de conhecimentos, descobriram suas vocações e transformaram-se em destacadas personalidades. Ali tiveram suas primeiras iniciativas como líderes.
Reitores, vereadores, prefeitos, governadores, deputados, secretários de Estado e alguns ministros brasileiros sentaram em suas classes. Grandes profissionais das mais diferentes áreas ainda hoje falam com saudade do tempo em que estudaram 'no querido Maneco'. Nessas seis décadas, o colégio marcou o coração de muita gente. É saudade de colegas, de professores, namorados; casamentos e amizades que iniciaram nos seus recreios, nos seus corredores, fazendo daquela Casa um abrigo de boas recordações de uma fase de suas vidas.
Ex-alunos, ex-professores e a comunidade lembram os grandes desfiles estudantis e, ainda hoje, se emocionam ao ver passar sua banda marcial, que há mais de 50 anos, com seu uniforme vermelho, bate seus tambores pelas ruas da cidade, levando alegria e brilho a festividades.
Por todas estas razões, o Maneco não está apenas no coração do Estado. Está no coração de milhares de pessoas que podem ter ido embora para os mais longínquos lugares, tomado os mais diferentes rumos e profissões, mas ficaram ligados à história do colégio por um elo invisível que guardam com carinho.
Por isso, também é importante que, apesar de mal tratados por governos, os professores saibam transformar suas escolas em lugares de onde os alunos possam levar boas lembranças, bons valores. Um lugar de conhecimento e responsabilidade. O conhecimento liberta, a responsabilidade sinaliza para um bom futuro. Pois não nos enganemos, nenhuma tecnologia de última geração vai substituir a relação de proximidade entre seres humanos.
E isso começa na família e na escola. Logo, nunca é tarde para assumir o protagonismo de uma transformação social sólida, pela base, por uma educação humanista
Portanto, nosso respeito à histórica trajetória educacional de mais de 60 anos do Colégio Estadual Manoel Ribas, carinhosamente chamado Maneco. Hoje funcionando em três turnos, com 1900 alunos, seus 115 professores e 30 funcionários, entre exigências burocráticas distanciadas da vida real e de todos os revezes de políticas públicas que não priorizam a educação, vem tentando fazer o melhor numa bela casa construída para educar.